Bambas

Explore uma lista abrangente de todas as postagens dos renomados ‘bambas’ da Estação Primeira de Mangueira, os ilustres sambistas que moldaram a história e o legado inigualável dessa escola de samba icônica. Descubra suas contribuições marcantes e mergulhe na rica tradição cultural que essas pessoas ajudaram a forjar, celebrando sua influência duradoura no universo do samba e além.

  • O mestre da filosofia popular

    Nas vielas do Morro da Mangueira, onde o samba ecoa como uma pulsação vital e as histórias se entrelaçam às notas de um tamborim, constrói-se muito mais do que carnavais. Ali, ergue-se um patrimônio humano que transcende o tempo e perpetua o espírito de uma das mais icônicas escolas de samba do Brasil. Entre essas […] Leia mais

  • Lilico, entre a dança e a fé

    William Lourenço Braga, mais conhecido como Lilico, teve sua história profundamente entrelaçada à da Estação Primeira de Mangueira. Filho de d. Irene, uma baiana de tradição, e do sr. Braga, Lilico foi o caçula da família. Seus irmãos, Licinho e Cisinho, eram ritmistas. Ainda jovem, Lilico alimentava o sonho de se tornar jogador de futebol, […] Leia mais

  • O sócio número um

    Francisco José Ribeiro, mais conhecido como Chico Porrão, veio ao mundo no ano de 1900, nas proximidades da Quinta da Boa Vista, um dos cartões-postais do Rio de Janeiro. Desde a infância, Chico absorveu o espírito vibrante e resiliente do carioca, construído por uma combinação inigualável de coragem, dedicação e generosidade. A narrativa de sua […] Leia mais

  • Tem português no samba

    Alfredo Lourenço, mais conhecido como Alfredo Português, é uma figura lendária na história do samba brasileiro. Natural de Lisboa, Alfredo trocou os melancólicos fados da Alfama pelo vibrante samba do Morro da Mangueira, no Rio de Janeiro. Adotou a cultura brasileira de forma tão profunda que seu talento como compositor de samba-enredo foi amplamente reconhecido, levando-o a se integrar à Estação Primeira de Mangueira. Com Nelson Sargento, seu filho adotivo e parceiro musical, Alfredo deixou um legado de composições memoráveis que capturam a essência do samba. Apesar de suas origens portuguesas, ele se tornou um verdadeiro ícone da Estação Primeira,… Leia mais

  • Elegância em verde-rosa

    Nascida em Miracema e criada no Rio de Janeiro, Zinha é uma figura lendária cuja história é entrelaçada com a magia do carnaval carioca. Desde sua infância, envolta em uma grande família (14 irmãos), Zinha trilhou um caminho repleto de paixão e determinação. Enquanto muitos a conheciam como uma habilidosa costureira, poucos sabiam que entre janeiro e fevereiro ela se transformava em Zinha, da Mangueira, personificando a alma e o brilho da Estação Primeira de Mangueira. Sua jornada a levou dos tecidos e agulhas para a pista de samba, onde sua beleza e elegância a destacaram como uma das principais… Leia mais

  • Pelado: o poeta do morro de Santo Antônio

    Nas encostas do morro de Santo Antônio, nasceu em 1921 Jorge Alves de Oliveira, mais conhecido como Pelado para os íntimos e vizinhos. Desde os primeiros passos, ele foi imerso na vibrante cultura da Mangueira, onde a vida pulsava ao ritmo do samba e das tradições locais. Sua história se entrelaça com as raízes profundas dessa comunidade, marcada por festividades e tradições que ecoavam pelas vielas do morro. Desde a infância, Pelado testemunhou os primórdios de um grupo de pastorinhas em sua própria casa, momento que transformou seu pai José em uma figura emblemática conhecida como José das Pastoras. Essa… Leia mais

  • Tidinha: dança e paixão pela Mangueira

    Tudo começou em 1954, quando Matilde de Oliveira, mais conhecida como Tidinha, desfilou pela primeira vez na Avenida Presidente Vargas, no Rio de Janeiro, em pleno domingo de Carnaval. Com apenas cinco meses de idade, Tidinha já estava toda fantasiada de baiana. A história, relata que sua mãe pretendia deixá-la com a vizinha para poder […] Leia mais

  • Perci: locutor doze anos e presidente dois mandatos

    Percival Pires, de 65 anos, é reconhecido por sua voz por aqueles que frequentam os ensaios da Mangueira no Palácio do Samba ou os ensaios técnicos antes do carnaval, mesmo não sendo cantor, intérprete ou compositor. Ele é o principal relações públicas da escola e o dono do microfone, desempenhando um papel fundamental na comunicação e animação dos eventos. Conhecido carinhosamente como Perci. É a mesma voz calorosa que dá as boas-vindas à comunidade e aos visitantes ilustres no ensaio, que lembra as atividades preparatórias para o desfile, que lança palavras de exaltação e incentivo e participa do dia a… Leia mais

  • Ananias: o presidente comprometido com a entrega à escola

    José Ananias de Marcelos, um mangueirense de longa data, desempenhou diversas funções na Estação Primeira de Mangueira, sempre com grande dedicação e esforço. Conhecido por sua bondade, firmeza de caráter, inteligência e comprometimento, Ananias rapidamente conquistou o respeito e a confiança dos integrantes da escola. Sua trajetória o levou, de forma merecida, à presidência do […] Leia mais

  • Cacildis Carlinhos!

    Antônio Carlos Bernardes Gomes, também conhecido como Mussum, nasceu no Rio de Janeiro em 7 de abril de 1941, no Morro da Cachoeirinha, no complexo do Lins. Mussum teve uma infância marcada pela pobreza, onde sua mãe, analfabeta, trabalhava em serviços domésticos para sobreviver. Apesar das dificuldades, a mãe de Mussum fez um grande esforço para que ele fosse alfabetizado, o que demonstra o valor que Mussum dava à educação, apesar de sua personalidade brincalhona e irreverente. Mussum passou a frequentar a Mangueira na época em que prestava serviço militar na Aeronáutica. Ele foi levado para a favela da zona… Leia mais

  • Elmo: o “Rato do Tamborim”, e seu amor pela Mangueira

    Cresci no morro da Mangueira, onde meu tio Chico Porrão foi o primeiro ensaiador da escola de samba. Naquela época, não havia diretor de harmonia, apenas o ensaiador. Meu pai, mestre Tinguinha, foi o responsável por fundar a bateria da Mangueira, que naquela época contava apenas com vinte e dois instrumentos guardados em nossa casa. Ele tinha muito ciúme desses instrumentos, pois eram poucos e os tambores eram encourados com pele de gatos, um material caro e difícil de encontrar. A primeira peça de tarraxa para a bateria foi um presente do prefeito Pedro Ernesto, que havia ido inaugurar uma… Leia mais

  • Guilherme de Brito: o genial parceiro de Nélson Cavaquinho

    Na efervescência cultural da metrópole carioca, nasceu Guilherme de Brito, em 1922, imergindo desde os primeiros suspiros na melodia da vida. Filho de Alfredo Nicolau Bollhorst e Marieta de Brito Bollhorst, sua jornada musical começou sob o mesmo céu que abrigou o genial Noel Rosa, no boêmio bairro de Vila Isabel. Destinado às notas e aos acordes, Guilherme recebeu um cavaquinho aos oito anos, troféu que logo se transformou em extensão de seus sonhos. Mas era o violão que ecoava melhor sua essência musical, e foi com ele que desbravou caminhos sonoros, embalado pelos ecos da rua e pelas frutas… Leia mais

  • Chininha: a pioneira na liderança feminina da Mangueira

    Eli Gonçalves da Silva, conhecida como Chininha, faz parte da terceira geração de uma das famílias mais influentes da Mangueira. Neta de Saturnino e filha de dona Neuma, ela se dedica a Mangueira de maneira admirável, seguindo os passos de sua mãe. Todos os dias, está presente na quadra, auxiliando a comunidade e coordenando os diversos serviços sociais oferecidos pela escola. Ao longo de 50 anos desfilando, Chininha ocupou diferentes posições na agremiação. Aos 16 anos, ela fundou, junto com suas colegas, a Ala das Mimosas depois Ala das Impossíveis, que continua atuante até hoje. Durante os preparativos para o… Leia mais

  • Bira: presidente da Mangueira e o maior divulgador da escola

    Ubirajara Maximino do Rosário, mais conhecido como Bira, nasceu no Engenho de Dentro e desde cedo se apaixonou pelo samba e pela cultura carioca. Sua trajetória começou com a fundação do bloco Chave de Ouro, trazendo alegria na Quarta-Feira de Cinzas ao local onde nasceu. Depois de morar em diversos bairros, Bira se estabeleceu em Higienópolis e tornou-se um fervoroso torcedor do Flamengo e mangueirense de coração. Como professor do Senai, lecionava mecânica geral, mas foi na Estação Primeira de Mangueira, onde ingressou em 1950 — por intermédio de Jorge Zagaia —, que sua vida se entrelaçou de vez com… Leia mais

  • Sobrinho: “Vai meu rrrrritmo”

    Um intérprete com uma voz única, dono de um timbre especial e um bordão inconfundível – “Vai meu rrrrritmo”, com uma pronúncia que alonga o “r” – e uma imagem característica e singular (alto e magro, óculos com lentes no fundo da garrafa e uma enorme cabeça de cabelo preto). Ele foi um dos principais destaques da ascensão da Unidos da Tijuca na primeira metade da década de 1980. Sobrinho começou a cantar em grupos carnavalescos até que, por volta de 1973, foi descoberto pelo compositor mangueirense Tolito, que o levou para a Estação Primeira. Ao chegar na verde-rosa, o… Leia mais

  • A rainha que morreu sambando

    Nair Pequena, figura emblemática da Estação Primeira de Mangueira, dedicou sua vida ao samba. Desde os 16 anos, quando chegou à Cidade Maravilhosa, Nair se envolveu com a escola, tornando-se uma de suas fundadoras e rainha da velha guarda. Com sua alegria contagiante e amor incondicional pela Mangueira, Nair era presença constante nos ensaios e desfiles, mesmo aos 62 anos. Sua paixão pelo samba era tamanha que, em 1970, faleceu vítima de um mal súbito enquanto desfilava pela avenida, vestindo as cores verde e rosa que tanto amava. A morte de Nair causou grande comoção na comunidade da Mangueira e… Leia mais

  • Roberto Paulino: tem branco no samba

    Em um cenário onde as cores vibrantes do Carnaval se misturam à paixão pelas tradições cariocas, surge uma figura emblemática: Roberto Paulino, ou como era carinhosamente conhecido, dr. Robertinho. Sua jornada na Estação Primeira de Mangueira começou em meados de 1953. O ano de 1954 marcou seu batismo nas festividades carnavalescas, testemunhando a consagração da Mangueira com um samba arrebatador. Contudo, sua conexão com a escola transcendeu a mera observação. Em 1955, encontramo-lo imerso nas atividades do desfile, empurrando um dos carros alegóricos com o vigor característico dos verdadeiros apaixonados pelo samba. Entretanto, não tardou para que o olhar perspicaz… Leia mais

  • Cumprido: da ala dos compositores e do amado Leite de Onça

    Anésio dos Santos, carinhosamente conhecido como Cumprido, nasceu em uma data que ecoa a história da lendária Estação Primeira de Mangueira: 20 de setembro de 1928, o mesmo ano em que a escola foi fundada. Originário da histórica Lapa do Rio de Janeiro, ele passou sua infância nos subúrbios da cidade, entre Vicente de Carvalho, Irajá e Vaz Lobo. Seus primeiros passos no mundo da música foram dados na rua do Riachuelo, onde, ainda jovem, se destacou tocando tamborim em um bloco local. Determinado a seguir sua paixão, Cumprido começou a compor suas próprias canções aos dezoito anos, apesar das… Leia mais

  • Zagaia: membro n°. 1 da ala dos compositores

    Nas esquinas do Rio de Janeiro, onde o samba é mais que ritmo, é vida, viveu Jorge Izidoro Silva, carinhosamente conhecido como Zagaia, uma das mais marcantes figuras da Estação Primeira de Mangueira. Sua história, marcada por talento e paixão, ecoa ainda hoje nos compassos do samba e na alma da comunidade mangueirense. Desde os primeiros passos na verde-rosa até suas brilhantes conquistas nos palcos do carnaval, Zagaia deixou sua marca. Sua jornada começou em Santa Maria Madalena, no ano de 1922, mas foi nas vielas da Mangueira que encontrou seu verdadeiro lar. Desde os tenros três anos de idade,… Leia mais

  • O samba com o povo, o povo com o samba

    Juvenal Lopes foi, sem dúvida, um dos mais marcantes presidentes que passaram pela Estação Primeira de Mangueira. Para comprovar isso, basta dizer ele cumpriu três mandatos consecutivos sendo, portanto, duas vezes reeleito, o que demonstra seu inegável prestígio e a grande liderança que exerceu sobre os mangueirenses. Sambista de velha cepa, Juvenal começou no samba muito jovem, no Estácio, com todos aqueles bambas da época como Bide, Marçal, Ismael Silva, Otto Branco e muitos outros. Mas logo depois se encantou pela Mangueira e veio se juntar a Cartola, Carlos Cachaça, Chico Porrão, Maçu, Saturnino, Geraldo Pereira, enfim à fina-flor mangueirense… Leia mais

  • Tolito: nas cores verde rosa preto e branco

    Apresento a história de um saudoso compositor, que, possivelmente, foi o que mais rodou pelas escolas de samba e blocos. Refiro-me ao consagrado poeta Herlito Machado da Fonseca (6 de julho de 1917), o popular Tolito, que veio de Pernambuco para o Rio de Janeiro com 2 anos, em 1919, com a família. Existe uma […] Leia mais

  • China da Mangueira: o rei do surdo

    Seu Tinguinha foi buscá-lo “lá na roça, perto da Beija-Flor” e trouxe-o para se juntar aos baluartes, lugar que ele conquistou através de muitas glórias que deu à Estação Primeira de Mangueira. Ele é o China Floripedes, o rei do surdo. Agora, mais uma vez, ele está ao lado de Tinguinha, como foi durante muitos anos, China no surdo de marcação e Tinguinha no tarol. E está ao lado também do Zé Crioulinho, que igualmente tocava surdo. Floripes dos Santos, o China, está com 79 anos, mas, graças a Deus, muito bem conservado, saúde perfeita, cabeça ótima, tudo em cima… Leia mais

  • Dona Miúda: cozinheira, baiana, diretora e baluarte

    Na Mangueira quase ninguém conhece Noêmia de Assis, mas não há quem não saiba quem é Dona Miúda, embora Noêmia de Assis e Dona Miúda sejam a mesma pessoa. D. Miúda, hoje com 68 anos, três filhos, cinco netos e um bisneto, começou a andar muito pequenininha, aos sete meses. Daí o apelido de Miúda. […] Leia mais

  • O doce mangueirense apaixonado

    Na vibrante e rica tradição do Carnaval carioca, poucos nomes ressoam com tanta paixão e versatilidade quanto o de Moacir de Abreu Castello Branco, carinhosamente conhecido como Melão. Presença constante na Mangueira, sua escola do coração, Melão era a alma da agremiação, não apenas participando dos ensaios, mas mergulhando profundamente em cada aspecto da vida […] Leia mais

  • O palácio de Raimundo

    Raymundo de Castro, filho de Bertholina de Castro e Francisco de Castro, irmão de Elisa de Castro e Renato de Castro. Seu pai foi o primeiro português a se instalar na região do Morro da Mangueira em 1908. Inaugurou e foi o Proprietário do primeiro Armazém de “Secos & Molhados” do Morro, denominado: “Armazém Central”. Seu Raymundo, como era carinhosamente chamado, foi um dos fundadores da “União dos Moradores de Mangueira Pró-Urbanização”, fundada em 21 de junho de 1970 onde exerceu a função de 2° Tesoureiro. Foi convidado posteriormente, por Homero José dos Santos (Tinguinha) e Darque Dias Moreira (Sinhozinho)… Leia mais

  • Vó Lucíola: orgulho por ter visto tudo acontecer

    Lucíola Ribeiro de Jesus, nasceu em São Paulo, em 19 de setembro de 1900. Chegou na Mangueira nos braços da mãe Dona Lucinda, nem tendo completado dois anos ainda. Não podia imaginar, mas seria baluarte de uma nação inteira que estava para nascer: Um país chamado Mangueira, encravado no coração do Rio. Seus primeiros tempos não foram fáceis. Aliás, como tudo na vida, é preciso perseverança, vontade de ir adiante. A casa de Vovó Lucíola ficava onde hoje está construído o Palácio do Samba. “Dali guardo muitas recordações. Tudo era muito diferente”, afirma. Não gostava de carnaval. Era uma espécie… Leia mais

  • Sua maior joia era a Mangueira

    Djalma dos Santos, o Djalma Preto, foi um dos mais importantes presidentes da história da Mangueira. Profundo conhecedor dos bastidores do samba e um verdadeiro craque na condução dos desfiles em relação aos quesitos, ele teve um trabalho exemplar à frente da Escola. Boêmio de poucos copos, pois bebia moderadamente, era muito bem recebido em todos os morros, quadras e sedes de escolas do Rio de Janeiro e respeitado por todos os presidentes e diretores das outras escolas de samba. Ele se dedicou de corpo e alma a sua querida Estação Primeira. Era um mangueirense apaixonado e, com seu trabalho… Leia mais

  • O mundo encantado de Darci

    Darci foi uma daquelas figuras que surgem para deixar marcas profundas na história do samba e na memória cultural do Rio de Janeiro. Nascido em um ambiente onde o ritmo e a batida já eram presença constante no dia a dia, sua trajetória, iniciada no Morro da Formiga, foi moldada por vivências simples que o […] Leia mais

  • Chochoba! Chochoba Nininha! Salve a Mangueira senhor

    No ritmo pulsante das batucadas que ecoam pelas vielas do morro da Mangueira, uma figura singular se destaca, imprimindo sua marca indelével na história do carnaval carioca. Sebastiana Texeira de Almeida, conhecida carinhosamente como Nininha Chochoba (ou Nininha Xoxoba), personifica a essência vibrante e a tradição enraizada da Estação Primeira de Mangueira. Desde tenra idade, seus passos marcaram os caminhos do samba, com apenas cinco anos já desfilava nas ruas da Praça Onze, unindo-se aos blocos carnavalescos que teciam a identidade festiva do morro. Sua trajetória como porta-bandeira da Mangueira, entre os anos de 1941 e 1953, é um capítulo… Leia mais

  • Sem holofotes, mas genial

    Em meio à imponência do bairro de Cachambi, na Zona Norte da cidade, reside uma figura que transcende o cotidiano com sua história singular e sua contribuição incalculável à cultura carioca. José Ramos, aos 86 anos, desvela uma trajetória de amor e dedicação entrelaçada com as ruas íngremes do morro da Mangueira, onde sua presença ecoa até os dias de hoje, batizando uma rua que se tornou parte da identidade do local. Esse pedreiro aposentado, mais que um mero habitante, é um sambista bissexto, cujas melodias ressoam como cânticos de devoção à escola verde-rosa que tanto ama. Seus sambas, testemunhas… Leia mais

  • Julinho: o carnavalesco mais vitorioso da Mangueira

    Júlio Pereira Mattos, conhecido como Julinho da Mangueira — Rio de Janeiro, 6 de abril de 1931 —, veio de uma família de condições financeiras pouco favorecidas e, durante toda sua vida, demonstrou, a todo e qualquer momento, ser uma pessoa infinitamente humilde, cuja simplicidade sempre fazia presente de forma clara e explícita em todas as suas realizações profissionais. Já na década de 40, Julinho tornou-se um artesão habilidoso e dedicado, fato que o auxiliou infindavelmente a melhorar a qualidade de vida de sua família e a abrir novas portas no impetuoso mercado de trabalho. No início dos anos 50… Leia mais

  • Zé Gonçalves, Zé-com-Fome ou Zé-da-Zilda: um sambista de renome

    José Gonçalves, conhecido como Zé Com Fome ou Zé da Zilda (Rio de Janeiro, 6 de janeiro de 1908 – Rio de Janeiro, 10 de outubro de 1954). De seus três nomes, José Gonçalves era o menos conhecido. Passaria por um Zé qualquer entre tantos. Mas esse Zé foi, nas palavras de Candeia, um sambista de renome, literalmente. Nasceu no subúrbio de Campo Grande, no Rio de Janeiro. Filho de músico, aos cinco anos começou a aprender cavaquinho com o pai, passando mais tarde ao violão. Antes de tornar-se cantor e compositor profissional, trabalhou como bombeiro-hidráulico. Amigo de infância de… Leia mais

  • Rainha Quelé: desvendando a mística de Clementina de Jesus

    Clementina de Jesus da Silva (Valença, 7 de fevereiro de 1901 — Rio de Janeiro, 19 de julho de 1987). Sambista fluminense, dona de uma voz inconfundível, potente e ancestral, Clementina de Jesus foi a síntese do Brasil, expressão de um país de forte herança africana e de singular formação religiosa. Conhecida como Rainha Quelé, carregava consigo os banzos de seus ancestrais, transformados em cantos, encantos e segredos nos jongos, no partido-alto e nas curimbas que cantava. Diferentemente das conhecidas e famosas divas do rádio que brilharam na primeira metade do século XX, a cantora negra tinha um timbre de… Leia mais

  • Dez, dez, dez …

    Hélio Laurindo da Silva, mais conhecido como Delegado – Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 1921 –, foi diretor de bateria, ritmista e mestre-sala da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, reconhecido como o maior mestre-sala do carnaval carioca, conquistando apenas nota máxima durante o período em que desfilou. Filho de um dançarino de valsa e de uma doceira, Delegado nasceu no morro da Mangueira, e desde jovem interessou-se pelo samba e pelo carnaval, ao se aproximar da bateria da Mangueira. Conheceu Marcelino, o mestre-sala fundador, e Jorge Rasgado, mestre-sala titular nos anos 1940, encantando-se com a função… Leia mais

  • Carlos Cachaça, a fina flor do samba verde-rosa

    Carlos Moreira de Castro, eternizado como Carlos Cachaça, foi mais do que um sambista: ele foi um dos pilares da Estação Primeira de Mangueira e uma figura crucial na história do samba carioca. Nascido em 1902, em um Morro da Mangueira ainda dominado pelo mato, Carlos Cachaça testemunhou e participou da transformação daquela paisagem em um dos maiores símbolos do Carnaval. Sua vida foi marcada por uma resiliência inabalável, desde a infância difícil, após a perda dos pais, até seu papel fundamental na fundação e consolidação da Mangueira. Ao lado de Cartola, ele não só ajudou a construir a escola,… Leia mais

  • Carlinhos do Pandeiro (de Ouro)

    Carlos Alberto Sampaio de Oliveira, mais conhecido como Carlinhos Pandeiro de Ouro, é uma figura lendária na história da Mangueira e do samba carioca. Nascido em Niterói em 1942 e criado em uma família humilde, Carlinhos encontrou na música um refúgio e uma paixão que o levariam a conquistar reconhecimento e prêmios. Sua trajetória começou cedo, inspirado por seu amigo Dimas, e ganhou força ao ser apresentado à Estação Primeira de Mangueira. Sua habilidade no pandeiro e carisma o destacaram nos ensaios e desfiles, culminando na vitória do concurso “O Pandeiro de Ouro” em 1966. Carlinhos continuou a brilhar, recebendo… Leia mais

  • Ai ai, meu Deus! Babaú

    Basta um breve passeio pelas vielas do morro da Mangueira para entender a essência do samba carioca e a magnitude do legado deixado por uma figura emblemática: Babaú. “A Mangueira dava um negócio na gente, que ninguém precisava saber ler para compor. Já vinha de berço. Era só beber a água do registro de lá para ter inspiração à vontade”, dizia ele, cujo nome de batismo era Waldemiro José da Rocha. Nascido em 23 de janeiro de 1914, Babaú passou sua infância e juventude brincando nas ruas do Buraco Quente, absorvendo os sons, as cores e as histórias que emanavam… Leia mais

  • O professor Aluízio (do Violão) Dias

    Na encantadora teia das vielas da Mangueira, onde o samba dança ao ritmo pulsante da vida, um ícone transcendeu gerações com sua música e sabedoria. Aluízio Dias, um menino de 1911, teceu sua história nas linhas do violão e nas melodias da alma carioca. Desde tenra idade, ele mergulhou nos acordes e nas harmonias, moldando-se como um verdadeiro autodidata do violão, enquanto as ruas da Mangueira lhe serviam de escola e palco. Sua jornada ganhou ainda mais brilho ao encontrar em tia Zélia não apenas uma parceira de vida, mas uma companheira de composição e inspiração. Juntos, eles enlaçaram seus… Leia mais

  • O Divino

    Angenor de Oliveira, mais conhecido por Cartola (Rio de Janeiro, 11 de outubro de 1908 – Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1980), foi um cantor, compositor, poeta e violonista brasileiro. Nascido na rua Ferreira Vianna, no Catete, passou a infância no bairro de Laranjeiras (Rio de Janeiro). Era o primogênito dos oito filhos do casal Sebastião e Aída. Apesar de ter recebido o nome de Agenor, foi registrado como Angenor. Mas esse fato ele só descobriria muitos anos mais tarde, ao tratar dos papéis para seu casamento com D. Zica. A partir de então, para não ter que… Leia mais

  • Nelson Sargento: patente alta no samba, pintura e poesia

    Nelson Sargento, nome artístico de Nelson Mattos, foi um compositor, cantor, pesquisador da música popular brasileira, artista plástico, ator e escritor brasileiro. Tendo morado no Morro da Mangueira desde 12 anos, Nelson notabilizou-se como um dos mais importantes sambistas da Estação Primeira de Mangueira, do qual integrou e presidiu a Ala de Compositores da escola, bem como se tornou presidente de honra. O apelido artístico “Sargento” aludia à patente que alcançou por servir no Exército Brasileiro na segunda metade dos anos 1940. Ganhou notabilidade como cantor no Zicartola e, pouco depois, como integrante dos conjuntos A Voz do Morro e… Leia mais

  • O primeiro mestre-sala

    Marcelino José Claudino, o Maçu, foi um dos fundadores da Mangueira. Chegou à Escola aos 19 anos, vindo de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Foi o homem que criou a figura do mestre-sala e da porta-bandeira nas escolas de samba. Filho de escravos e nascido numa família pobre na Zona Oeste, logo ele encontrou no Morro da Mangueira o local onde construiria sua independência e onde escreveria sua história. Maçu era respeitado no morro por sua autoridade e força, que costumava demonstrar em brigas e em “pernadas” – rodas de samba onde o desafio era derrubar seu… Leia mais

  • Rei vadio

    Nelson Cavaquinho, nome artístico de Nelson Antônio da Silva, (Rio de Janeiro, 29 de outubro de 1911 — Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 1986). Sambista carioca, compositor e cavaquinista na juventude, na maturidade optou pelo violão, desenvolvendo um estilo inimitável de tocá-lo, utilizando apenas dois dedos da mão direita. Seu envolvimento com a música inicia-se na família. Seu pai, Brás Antônio da Silva, era músico da banda da Polícia Militar e seu tio Elvino tocava violino. Depois, morando na Gávea, passou a frequentar as rodas de choro. Foi nessa época que surge o apelido que o acompanharia por… Leia mais

  • Jamelão: o maior intérprete de samba-enredo do carnaval

    Jamelão, figura icônica do samba carioca, nasceu em 12 de maio de 1913, no bairro imperial de São Cristóvão, Rio de Janeiro. Desde cedo, ele demonstrou uma conexão especial com a música, recebendo um cavaquinho aos 10 anos de seu pai. Apesar de suas tentativas iniciais de dominar o instrumento, foi no tamborim que encontrou seu verdadeiro talento, ingressando na ala de ritmo da escola de samba da Mangueira. Seu coração sempre pertenceu à verde-rosa, escola que durante 57 anos, foi a sua voz. Vivendo no Engenho Novo e, posteriormente, em Vila Isabel, Jamelão enfrentou desafios familiares e financeiros, assumindo… Leia mais

  • Xangô da Mangueira: o maior diretor de harmonia do carnaval

    “Sou eu, o diretor de harmonia, / apito para entrar a bateria. / Sou eu quem manda o mestre de sala / se apresentar com a porta-bandeira Maria.” Nesses versos, Jorge Zagaia da Mangueira presta uma bela homenagem ao responsável pelo sucesso dos desfiles da Estação Primeira de Mangueira. O diretor de harmonia desempenha um papel crucial, atuando como o maestro desta ópera popular que encanta tanto os integrantes das escolas quanto o público. O samba “Diretor de harmonia” é uma homenagem a esse mestre do partido alto, reconhecido como o melhor diretor de harmonia do carnaval carioca: Xangô. Nascido… Leia mais

  • O talento de Geraldo Pereira: criador do samba sincopado

    Nas encostas íngremes de Juiz de Fora, Minas Gerais, Geraldo Theodoro Pereira deu seus primeiros passos em 23 de abril de 1918. Entretanto, foi nas vielas repletas de samba e nos bares cheios de histórias do Rio de Janeiro que ele encontrou sua verdadeira essência. Filho de Sebastião Maria e Clementina Maria Teodoro, Geraldo nasceu em uma família simples, mas carregava consigo um destino que moldaria a música brasileira. A mudança para o Rio de Janeiro ocorreu quando ainda era uma criança, nos anos 30. O destino o levou ao morro de Santo Antônio, onde seu irmão mais velho, Manoel… Leia mais

  • Gigi: a passista que quebrou tabus

    Foi assistindo a um show da Mangueira durante uma feira de folclore, em 1961, que Regina Helena Esberard recebeu um convite inusitado: desfilar pela escola de samba. Regina, adolescente na época, não teve dúvida e aceitou. “Saí com uma roupa pesadíssima e cheia de anáguas. O espartilho machucou toda minha cintura e até sangrava”, conta ela. Nascida em Copacabana, criada em Ipanema, Regina era a própria garota classe média alta do bairro. O pai, um empresário belga, chegou a construir uma vila no subúrbio para seus funcionários com o nome da família: Vila Esberard. E não gostou nada quando a… Leia mais

  • Saturnino Gonçalves: Fundador, Líder e Símbolo da Mangueira

    Fundador e primeiro presidente da Estação Primeira, Saturnino Gonçalves nasceu no Bairro do Estácio em 11 de agosto de 1897. Lá ele cresceu a aprendeu a ser bamba. Começou a frequentar o Morro de Mangueira em meados da década de 20 do século passado e logo fez muitas amizades ao ponto de participar da criação do Bloco dos Arengueiros, junto com Cartola, Massú e outros amigos. Em 1926, Saturnino Gonçalves que anteriormente morou no Estácio e depois em Madureira, já estava no Morro de Mangueira, na Rua Visconde de Niterói 952. Depois de algum tempo, resolveram acabar com o bloco… Leia mais

  • Hélio Turco: o gênio por trás dos sambas-enredo da Mangueira

    Na rica história do samba brasileiro, poucos nomes brilham com o fulgor de Hélio Rodrigues Neves, ou como era mais conhecido, Hélio Turco. Sua jornada na Estação Primeira de Mangueira transcendeu os limites de um simples compositor, tornando-se um baluarte e presidente honorário da escola. Criado nas ruas do Grajaú, no Rio de Janeiro, foi no Morro da Mangueira que suas raízes encontraram solo fértil, e o apelido “Turco” foi um tributo afetuoso ao seu tio, Jorge Turco, comerciante querido na comunidade. Hélio Turco não apenas moldou a sonoridade da Mangueira com seus sambas memoráveis, mas também deixou sua marca… Leia mais

  • Waldomiro: O Mestre da Bateria da Mangueira

    Waldomiro Tomé Pimenta nasceu em 15 de agosto de 1901 na Bahia. Em 1917 mudou-se para a Mangueira e participou do bloco dos Arengueiros, onde tocava pandeiro. Em 1928, foi criada a escola de samba Estação Primeira de Mangueira a partir do bloco citado anteriormente. Sete anos depois, houve um concurso para diretores de bateria e o vencedor era aquele que tocava melhor o pandeiro. E Waldomiro foi o vencedor. Uma das figuras históricas da bateria, Waldomiro, o grande mestre do ritmo, assumiu a direção da bateria da escola em 1935. Treinou gerações de ritmistas durante 48 anos. Dono de… Leia mais

  • Zé Crioulinho: todo mundo te conhece ao longe

    José dos Santos — Zé Crioulinho —, nascido em São Fidélis, RJ. Ritmista. Foi para o Morro da Mangueira com dois anos de idade e aos 12 já tocava surdo na bateria da Mangueira. Casou-se, teve 15 filhos, dentre os quais Neide dos Santos que é madrinha da Ala da Bateria da Mangueira, e Bozó, ritmista da mesma ala. Na Escola começou no infantil como mestre-sala mirim e sua porta-bandeira era Cecéia, irmã de d. Neuma. Nesta época, as crianças eram proibidas de desfilar no carnaval. Foi fundador da Ala da Bateria, junto com Waldomiro e Waldyr Marcelinho e também… Leia mais

  • Ele era pura alegria

    Devani Ferreira, popularmente conhecido como Tantinho da Mangueira – Rio de Janeiro, 21 de agosto de 1946 –, nasceu no Morro da Mangueira, na favela de Santo Antônio, onde foi criado. Considerado pela Estação Primeira de Mangueira como um dos seus grandes nomes, e membro da sua Velha Guarda. Criador, testemunha, partícipe e pesquisador dos versos e batuques ouvidos nos becos, vielas e ladeiras do Morro da Mangueira, Devani Ferreira se transformou em figura emblemática do samba. Tantinho gravou principalmente obras de compositores da sua agremiação. Dividiu vocais com Jamelão. Entrou para a Ala de Compositores da escola aos 13… Leia mais

  • A força de Zica

    Dona Zica, apelido de Euzébia Silva do Nascimento (Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 1913 – Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2003), sambista da Velha Guarda da Estação Primeira de Mangueira e a esposa do sambista Cartola. Foi uma liderança e referência feminina no Morro da Mangueira. Nasceu em um domingo de Carnaval, no bairro da Piedade, RJ. Órfã de pai, que morreu quando ela tinha apenas um 1 ano de idade, foi criada pela mãe lavadeira. Zica mudou-se ainda pequena com a família para o Buraco Quente, onde foi uma das primeiras integrantes da verde e… Leia mais

  • A dona do ouro do Carnaval

    Neide Gomes Santana (Rio de Janeiro, 1940-1981). Assumiu o posto de primeira porta-bandeira da Mangueira em 1954 e nele permaneceu até 1980. Foi substituída por Mocinha, que por 25 anos havia sido a segunda porta-bandeira da escola (Mocinha foi a primeira porta-bandeira nos anos de 1981 á 1988). Fez parceria com Delegado (Delegado dançou até 1984), considerado o maior dos mestres-salas do carnaval carioca. Ao longo das décadas de 60 e 70 manteve uma disputa com Vilma Nascimento, da Portela, pelo título de melhor porta-bandeira do carnaval carioca. Ganhou cinco vezes seguidas o Estandarte de Ouro, de 1972 (primeira edição… Leia mais

  • Zé Espinguela: alufá, arengueiro e fundador da Mangueira

    Nos meandros da história do Rio de Janeiro, um nome ressoa como um eco eterno da alma do samba e da cultura carioca: Zé Espinguela. Nascido José Gomes da Costa, sua vida se entrelaça com os ritmos pulsantes das últimas décadas do século XIX, até o suspiro derradeiro por ocasião do final da Segunda Guerra. Mais que um compositor e cantor, Espinguela emerge como um guardião das tradições musicais da Mangueira e do samba, tecendo os fios da identidade de um povo com sua arte e paixão. Sua jornada é um testemunho vívido da sinergia entre a música e a… Leia mais

  • Preto Rico e sua maior riqueza: o dom de compor

    Nascido em Madureira e criado na Mangueira, Jorge Henrique dos Santos, o Preto Rico, era mais do que um sambista. Era um poeta, um griô, um guardião da cultura afro-brasileira. Sua riqueza não se media em bens materiais, mas na beleza de sua inspiração musical. Compositor de sambas de enredo memoráveis como “Lendas do Abaeté” e de sambas de terreiro que emocionam a alma como “Velha baiana”, Preto Rico deixou um legado inestimável para o samba e para a história da Mangueira. Neste texto, desvendaremos a trajetória desse artista singular, desde sua infância humilde até o reconhecimento como um dos… Leia mais

  • Dá c’as cinco! Pedia Padeirinho

    Oswaldo Vitalino de Oliveira (Rio de Janeiro RJ 1927 – idem 1987). Cantor, compositor e ritmista. Recebe o apelido de Padeirinho devido à profissão de seu pai, o padeiro José Vitalino de Oliveira. Abandonado pela mãe, passa a infância dormindo nas padarias em que seu pai trabalha, quando, aos 12 anos, vai com ele morar no Morro da Mangueira. Não frequenta a escola, e se alfabetiza sozinho. Exerce os mais diversos ofícios durante a vida, além do de compositor. Trabalha como entregador, gari e estivador, até conseguir um emprego público no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Depois de… Leia mais

  • Seu Tinguinha: o fundador da ala da bateria da Mangueira

    Homero José dos Santos, mais conhecido como Tinguinha, é uma figura emblemática na história do samba e da Estação Primeira de Mangueira. Nascido em Cantagalo em 1918, desde cedo, ele foi cativado pelo ritmo contagiante do samba, uma paixão que o acompanhou ao longo de toda a vida. Sua jornada na Mangueira começou em 1929, quando, aos dez anos, deixou sua cidade natal para se estabelecer na Cidade Maravilhosa. Desde então, Tinguinha mergulhou de cabeça na cultura da escola, tornando-se não apenas um integrante, mas uma peça fundamental na construção da sua história. A bateria era seu lugar de destaque,… Leia mais

  • Jurandir: compositor multicampeão da verde-rosa

    A cidade de Campos dos Goytacazes, no Norte do Estado do Rio de Janeiro, foi berço de grandes nomes do futebol e do samba brasileiros. Dentre os craques campistas do gramado podemos citar Didi, Amarildo e Pinheiro. No mundo do samba, vieram de lá nomes como Wilson Baptista, Roberto Ribeiro e Jurandir Pereira Silva, o Jurandir da Mangueira (1939 – RJ). Jurandir aos cinco anos de idade, se mudou para a Candelária. Exerceu várias profissões, como sapateiro e caldeireiro na Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Ingressou na Ala de Compositores da Estação Primeira em 1959. No início… Leia mais

  • Mocinha, eterna rainha. Mocinha, eterna bandeira

    A história de Rivailda do Nascimento Souza, carinhosamente chamada de Mocinha, é um retrato singular da dedicação e paixão que definem os personagens icônicos da Estação Primeira de Mangueira. Nascida em 29 de novembro de 1925, na Rua Visconde de Niterói, entre as áreas conhecidas como Buraco Quente e Chalé, Mocinha cresceu rodeada pelo ambiente […] Leia mais

  • A Primeira-Dama do Samba

    Neuma Gonçalves da Silva (1922-20), Dona Neuma, nasceu no subúrbio de Madureira, no Rio de Janeiro, filha de Saturnino Gonçalves, um dos fundadores do bloco dos Arengueiros, que mais tarde originou a Escola de Samba Estação Primeira da Mangueira. Desde criança, conviveu com os grandes compositores da Escola — seu pai era um deles. Integrante da Velha Guarda, foi tida como uma das grandes damas da localidade. Sua ação não se limitava em ser apenas uma grande sambista, por isso é considerada um baluarte pela Mangueira — sua escola, seu tudo, sua vida, como ela bem gostava de dizer. Orgulhosa… Leia mais

  • Ed Miranda Rosa: da farda à batucada

    Ed Miranda é muito mais que um nome na história da Estação Primeira de Mangueira. Ele personifica a essência do verdadeiro mangueirense, um guardião das tradições e apaixonado pela escola de samba desde os primórdios. Desde os anos 30, Ed Miranda esteve presente em Mangueira, compartilhando o mesmo espaço com lendas como Cartola, Geraldo Pereira, Carlos Cachaça e José Ramos. Ele foi um dos fundadores da famosa Ala dos Periquitos, contribuindo para a construção da identidade única da escola. Os mais antigos contam histórias sobre sua coragem nos desfiles de carnaval, onde ele se aventurava como passista, protegido por uma… Leia mais