Na vibrante e rica tradição do Carnaval carioca, poucos nomes ressoam com tanta paixão e versatilidade quanto o de Moacir de Abreu Castello Branco, carinhosamente conhecido como Melão. Presença constante na Mangueira, sua escola do coração, Melão era a alma da agremiação, não apenas participando dos ensaios, mas mergulhando profundamente em cada aspecto da vida da verde-rosa. Sua dedicação ia além do convencional; ele atuava como um verdadeiro faz-tudo, desde tarefas simples, como catar garrafas, até responsabilidades complexas, como a decoração de carros alegóricos. Ao longo de mais de duas décadas como diretor social e conselheiro, Melão demonstrou um compromisso inabalável com o bem-estar da escola, sempre buscando maneiras de inovar e aprimorar o desfile. Sua criatividade transbordava em diversos papéis: como diretor de barracão, carnavalesco, aderecista e coreógrafo da comissão de frente, e sua contribuição também era sentida nas alas das baianas, onde seu talento como coreógrafo e ensaiador era amplamente reconhecido. A sua luta pela valorização do samba, é exemplificada também pela composição do samba-enredo “É, porque aqui?” para a Unidos de Jacarepaguá. No entanto, Melão nunca abandonou a Mangueira, mesmo quando outras escolas o convidaram. Sua fidelidade à escola e suas inovações, como a criação das alas reunidas, são testemunhos do seu amor e dedicação a verde-rosa. A história de Melão é um legado de paixão, comprometimento e uma ode à verdadeira essência do Carnaval, mostrando como uma vida dedicada ao samba pode transcender o tempo e inspirar novas gerações. Vamos adentrar nos bastidores desse ícone do samba, cuja história ilumina os caminhos percorridos pela Mangueira. Boa leitura.
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Como citar esse artigo — OLIVEIRA, Marcelo Fonseca de. “O DOCE MANGUEIRENSE APAIXONADO”. In: MEMÓRIA Verde Rosa. Rio de Janeiro, 2023. Disponível em: <https://memoriaverderosa.com.br/melao/>. Acesso em: 21/02/2025.
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