Sem holofotes, mas genial

A história de José Marcelino Ramos, ou simplesmente Zé Ramos, é um testemunho da intersecção entre a vida cotidiana e o samba, marcada pela dedicação à família, à música e à Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Nascido em 1913 em Campos dos Goytacazes, Zé Ramos teve suas raízes fincadas no solo fértil das tradições culturais do Rio de Janeiro desde que chegou ainda jovem à Zona da Leopoldina, onde testemunhou os primeiros passos do Bloco Recreio de Ramos, embrião da Imperatriz Leopoldinense. No entanto, foi na Mangueira que Zé Ramos encontrou a verdadeira expressão de sua alma artística e afetiva, ao lado de sua esposa Nilcéia, uma pastora do Morro da Mangueira. Diferente de muitos sambistas que cresceram nas ladeiras do Morro, Zé Ramos começou sua jornada na composição e na Escola de Samba só aos 23 anos, após seu casamento, enquanto dividia seu tempo entre a arte e o trabalho árduo na fábrica de doces Colombo. Apesar das limitações impostas pela necessidade de sustentar sua família, ele nunca abandonou seu amor pelo samba, tendo contribuído significativamente para a Mangueira, seja como compositor, seja como membro da velha guarda e diretor da escola. A modéstia e a integridade foram marcas registradas de Zé Ramos, características que moldaram sua carreira e limitaram a divulgação de sua obra, mas que também preservaram sua autenticidade em um ambiente muitas vezes moldado por concessões e competição. Mesmo diante das adversidades, como a doença que acometeu sua esposa, forçando-os a se mudar para o Cachambi, Zé Ramos permaneceu fiel aos seus princípios e à sua paixão pela Mangueira, deixando um legado que transcende as fronteiras do tempo e ecoa na memória coletiva da Escola. Esta narrativa, estruturada em momentos-chave, não apenas revela a vida de um homem profundamente conectado à cultura carioca, mas também ilumina a importância de Zé Ramos na formação da identidade da Mangueira e no cenário mais amplo da música brasileira. A jornada de Zé Ramos é um testemunho de amor pela música e pela Mangueira. Não perca a chance de conhecer todos os detalhes dessa história fascinante que entrelaça vida cotidiana e samba. Siga em frente para descobrir mais!

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Como citar esse artigo — OLIVEIRA, Marcelo Fonseca de. “SEM HOLOFOTES, MAS GENIAL”. In: MEMÓRIA Verde-Rosa. Rio de Janeiro, 2023. Disponível em: <https://memoriaverderosa.com.br/ze-ramos/>. Acesso em: 18.02.2025.

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