Zagaia: membro n°. 1 da ala dos compositores

Nas esquinas do Rio de Janeiro, onde o samba é mais que ritmo, é vida, viveu Jorge Izidoro Silva, carinhosamente conhecido como Zagaia, uma das mais marcantes figuras da Estação Primeira de Mangueira. Sua história, marcada por talento e paixão, ecoa ainda hoje nos compassos do samba e na alma da comunidade mangueirense. Desde os primeiros passos na verde-rosa até suas brilhantes conquistas nos palcos do Carnaval, Zagaia deixou sua marca. Sua jornada começou em Santa Maria Madalena, no ano de 1922, mas foi nas vielas da Mangueira que encontrou seu verdadeiro lar. Desde os tenros três anos de idade, quando pisou pela primeira vez no Buraco Quente, Zagaia fez do samba sua morada, tornando-se um dos últimos integrantes da antiga escola de samba Unidos de Mangueira, que se fundiu para fortalecer a Estação Primeira. Como compositor, cantor e partideiro, Zagaia conquistou corações e troféus, sendo reverenciado como um dos “Reis de Terreiro” de samba da Guanabara. Seus sambas ecoaram, conquistando a admiração não apenas dos mangueirenses, mas de toda uma legião de apaixonados pelo gênero. Além de suas contribuições artísticas, Zagaia foi um dos fundadores da ala dos compositores da Mangueira, deixando um legado que vai além das notas musicais. Sua amizade com gigantes do samba, como Aniceto do Império e Xangô, ajudou a solidificar sua posição como uma figura lendária no mundo do samba. Mas o verdadeiro brilho de Zagaia não reside apenas em suas conquistas musicais; sua maior alegria é ver seu legado perpetuado através de seus filhos, que herdaram sua paixão pelo samba. Embora sua discografia seja escassa, seus sucessos ecoam eternamente nos corações dos amantes do samba, enquanto sua presença continua viva nas vielas de Mangueira e nos versos dos sambistas que vieram depois dele. Zagaia pode ter partido em 1995, mas sua música e seu espírito permanecem vivos, como um eterno hino à alma do samba verde-rosa e brasileiro.

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