Neide Gomes Santana nasceu em 1940, no Morro de Mangueira, lugar que viria a se tornar o centro de sua vida e paixão. Criada em meio às dificuldades da comunidade, sua casa ficava bem perto do que hoje conhecemos como o Palácio do Samba, a quadra da Estação Primeira de Mangueira. Desde cedo, Neide enfrentou grandes desafios. A perda da mãe aos 14 anos e, mais tarde, do pai aos 30, marcaram profundamente sua trajetória, fazendo dela uma mulher forte e determinada. Casada com Carlos Santana, que foi componente da Alas dos Duques e da Ala Só Vai Quem Pode da escola, Neide construiu uma família com o samba no sangue. Seus filhos, Wanderson, passista, e Silvia, a quem Neide treinava para ser porta-bandeira, seguiram seus passos na Mangueira. O relacionamento de Neide e Carlos sempre teve a escola como pano de fundo, e Carlos entendia bem que “a prioridade de Neide era a escola”. Mesmo quando ela se mudou para São Cristóvão em busca de uma vida melhor para a família, suas raízes na Mangueira continuaram fortes, e sua presença nos desfiles era sempre notada e admirada. Ao longo da vida, sua dedicação como porta-bandeira foi uma constante. Devota de São Cosme e São Damião, Neide equilibrava sua fé com a vaidade, e manteve sempre a consciência do papel que desempenhava na escola. Seu legado foi reconhecido de maneira especial, com uma rua no bairro de Mangueira recebendo seu nome, uma homenagem a sua contribuição à escola e à comunidade que tanto amou e serviu. O nome de Neide segue vivo na memória da Mangueira e de todos que acompanharam sua trajetória. Seu nome é sinônimo de porta-bandeira. Acompanhe a seguir, sua trajetória de desafios e vitórias que transformaram a história do Carnaval.
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Como citar esse artigo — OLIVEIRA, Marcelo. “A DONA DO OURO DO CARNAVAL”. In: MEMÓRIA Verde-Rosa. Rio de Janeiro, 2023. Disponível em: <https://memoriaverderosa.com.br/neide/>. Acesso em: 21.02.2025.
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