Mocinha, eterna rainha. Mocinha, eterna bandeira

A história de Rivailda do Nascimento Souza, carinhosamente chamada de Mocinha, é um retrato singular da dedicação e paixão que definem os personagens icônicos da Estação Primeira de Mangueira. Nascida em 29 de novembro de 1925, na Rua Visconde de Niterói, entre as áreas conhecidas como Buraco Quente e Chalé, Mocinha cresceu rodeada pelo ambiente que moldaria sua trajetória. Acompanhada pela herança cultural do morro e pela tradição que corria em suas veias, Mocinha aprendeu a dançar sob a orientação da tia Raimunda, a primeira porta-bandeira da história da escola, enquanto sua mãe, dona Isabel, foi quem bordou o primeiro pavilhão da agremiação. Desde o momento em que participou de um desfile ainda bebê, vestida de baiana, sua vida esteve entrelaçada com o samba, mesmo quando as circunstâncias pessoais a afastaram temporariamente dos desfiles. Com o passar dos anos, Mocinha reafirmou seu compromisso inabalável com a Mangueira, recusando convites de outras escolas e aguardando pacientemente a oportunidade de ocupar a posição de primeira porta-bandeira, o que ocorreu em definitivo em 1981 com a morte de Neide. Seu estilo de dança, marcado pela mão elevada e um sorriso inconfundível, tornou-se uma assinatura. Sua contribuição foi reconhecida com três Estandartes de Ouro, um feito que destaca sua maestria. No entanto, a saúde declinante foi um desafio que ela enfrentou com a mesma dignidade com que empunhou o pavilhão. Em 2002, seu falecimento encerrou um capítulo marcante da história da Mangueira, mas não apagou a presença duradoura de Mocinha na memória da escola e do carnaval carioca. Mergulhe na emocionante trajetória de Mocinha e conheça as histórias que moldaram a vida de uma das maiores porta-bandeiras do carnaval carioca.

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Como citar esse artigo — OLIVEIRA, Marcelo. “MOCINHA, ETERNA RAINHA. MOCINHA, ETERNA BANDEIRA”. In: MEMÓRIA Verde Rosa. Rio de Janeiro, 2023. Disponível em: <https://memoriaverderosa.com.br/mocinha/>. Acesso em: 21.02.2025.

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