Chininha: a pioneira na liderança feminina da Mangueira

Eli Gonçalves da Silva, conhecida como Chininha, faz parte da terceira geração de uma das famílias mais influentes da Mangueira. Neta de Saturnino e filha de dona Neuma, ela se dedica a Mangueira de maneira admirável, seguindo os passos de sua mãe. Todos os dias, está presente na quadra, auxiliando a comunidade e coordenando os diversos serviços sociais oferecidos pela escola. Ao longo de 50 anos desfilando, Chininha ocupou diferentes posições na agremiação. Aos 16 anos, ela fundou, junto com suas colegas, a Ala das Mimosas depois Ala das Impossíveis, que continua atuante até hoje. Durante os preparativos para o carnaval de 1962, com o enredo “Casa grande e senzala”, Chininha começou a compreender a estrutura de uma escola de samba, cuidando dos trajes e registrando as atas das reuniões. Em 1965, foi criada a diretoria das Alas Reunidas, uma iniciativa inovadora que organizou as alas da escola. Chininha ocupou o cargo de primeira secretária. Integrando a velha-guarda, ela foi eleita para o grupo de baluartes, os “imortais da Estação Primeira de Mangueira”, assumindo a cadeira de número 8, antes ocupada por sua mãe, dona Neuma. Em 2008, após seis anos como vice-presidente ao lado dos ex-presidentes Álvaro Caetano e Percival Pires, e coordenando os projetos sociais do Centro Cultural Petrobras-Mangueira, Chininha tornou-se a primeira mulher a presidir a Mangueira em seus 80 anos de história, devido à renúncia irrevogável do presidente Percival Pires (Perci).

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