O sócio número um

Francisco José Ribeiro, mais conhecido como Chico Porrão, veio ao mundo no ano de 1900, nas proximidades da Quinta da Boa Vista, um dos cartões-postais do Rio de Janeiro. Desde a infância, Chico absorveu o espírito vibrante e resiliente do carioca, construído por uma combinação inigualável de coragem, dedicação e generosidade. A narrativa de sua vida, que se estendeu por mais de sete décadas, é um retrato fiel da essência do samba, da Mangueira e da alma carioca. Ao longo de sua jornada, Chico Porrão destacou-se não apenas pelo trabalho árduo como estivador, mas principalmente pelo papel indispensável que desempenhou na construção e consolidação do Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Seu nome — sócio número um da escola — tornou-se, de forma irrefutável, sinônimo de liderança, compromisso e amor incondicional à sua escola e comunidade. Conhecido por sua postura firme na defesa das tradições e valores culturais do samba, Chico também se destacava pela generosidade que transparecia em gestos simples, mas carregados de significado. Um exemplo notório foi a doação de materiais essenciais para erguer a sede da Mangueira. A presença marcante de Chico nos ensaios da escola era algo que não passava despercebido. Com sua figura robusta e energia contagiante, ele inspirava os integrantes da comunidade, motivando-os a honrar a escola como um elemento vital de identidade e união. Em sua casa, localizada no coração do Morro da Mangueira, o samba transcendia a condição de manifestação artística para se firmar como uma maneira de viver, um reflexo da resistência e criatividade que definem o espírito do morro. O percurso de Chico Porrão também evidencia as contradições e complexidades da vida carioca. A valentia que demonstrava nas partidas de futebol e no universo do jogo do bicho, era um contraponto a seu amor pela escola. Sua contribuição para a cultura mangueirense não pode ser medida apenas pelos feitos materiais ou pelas histórias contadas sobre ele; é necessário compreender que Chico ajudou a moldar o que hoje conhecemos como a vibrante e inesquecível essência da Mangueira. Ao recordar Chico Porrão, não se está apenas celebrando um homem, mas todo um conjunto de valores. Ele viveu intensamente a Mangueira, não apenas como participante, mas como um de seus principais alicerces. Quer aprofundar-se ainda mais na história de Chico Porrão e compreender como ele se tornou um verdadeiro ícone da Mangueira? Leia o texto completo e permita-se ser transportado por esta fascinante narrativa, que conecta passado e presente através da força do samba.

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Como citar esse artigo — OLIVEIRA, Marcelo. “O SÓCIO NÚMERO UM”. In: MEMÓRIA Verde Rosa. Rio de Janeiro, 2023. Disponível em: <https://memoriaverderosa.com.br/chico-porrao/>. Acesso em: 21.02.2025.

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