No universo fascinante do samba, onde a música transcende as notas e os acordes para se transformar em uma expressão profunda da alma carioca, poucos nomes conseguiram capturar a essência desse movimento como Aluízio Dias, o eterno “Aluízio do Violão”. Nascido em 18 de outubro de 1911, na Gamboa, uma área impregnada de história e cultura no Rio de Janeiro, Aluízio não apenas viveu o samba, mas também moldou suas melodias, dando-lhes um caráter único e profundamente emocional. Desde cedo, Aluízio demonstrou um talento singular para a música, uma sensibilidade que, com o passar dos anos, o destacaria como um dos pilares da Estação Primeira de Mangueira. Foi na Mangueira que ele não só encontrou seu lar, mas também o palco para suas maiores contribuições à música brasileira. Mudando-se para o Morro da Mangueira aos 12 anos, ele rapidamente se integrou à comunidade, conquistando todos ao seu redor com sua doçura, humildade e sabedoria, características que o acompanharam por toda a vida. Com um ouvido apurado e um perfeccionismo que ressoava em cada corda de seu violão, Aluízio tornou-se uma referência incontestável no cenário musical da Mangueira. Seu talento e conhecimento transcenderam a prática musical: ele ensinou, inspirou e influenciou gerações de sambistas, deixando sua marca em cada um que teve o privilégio de aprender com ele. Sua relação próxima com ícones como Cartola, Carlos Cachaça e Geraldo Pereira é um testemunho inquestionável de sua relevância na história do samba e da música popular brasileira. Além de músico, Aluízio desempenhou um papel central na organização da Mangueira. Ele foi um dos fundadores da ala dos compositores e da velha guarda da escola, ocupando o posto de presidente dessas instituições tão importantes para a preservação do samba. Por meio de sua atuação, ele ajudou a manter vivas as tradições e ensinamentos do gênero, transmitindo-os para as futuras gerações com a mesma paixão e dedicação que marcaram sua trajetória. A vida de Aluízio Dias, marcada por sua entrega à música e à comunidade, é um exemplo da verdadeira alma do samba. Ele ajudou a elevar o gênero a novas alturas, sempre com um violão em mãos e um coração cheio de amor pela Mangueira. Explore a seguir a vida e a obra deste autodidata do violão que moldou o samba com suas melodias e ensinamentos. Saudações verde-rosa!
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Como citar esse artigo — OLIVEIRA, Marcelo. “O PROFESSOR ALUÍZIO (DO VIOLÃO) DIAS”. In: MEMÓRIA Verde Rosa. Rio de Janeiro, 2023. Disponível em: https://memoriaverderosa.com.br/aluizio-do-violao/. Acesso em: 21/02/2025.
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